15.4.07

Parece ser "mal-geral" de toda brigada do reumático o facto de criticar o presente com a (mais que gasta) citação "O meu tempo". Ao que parece, quando terminou "aquele" tempo o mundo ficou fora de prazo!! Por vontade deles Portugal teria para sempre permanecido naquele "Pátio das Cantigas", onde havia sempre um gordito bebedolas (de nome Vasco Santana) que armava um escabeche com um poste de iluminação e ao passar pelo comerciante da zona largava um alegre e provocante "Ó Evaristo, tens cá disto?". Nos dias de hoje "já nada tem graça" (citando a minha avó). A haver um tal pátio teria de ser forrado a graffiti, com o chão todo sujo e um Ser ossudo e abundantemente tatuado diria ao amigo "Ó Evaristo, queres snifar disto, c*r*lh*?"
Até o Amor naquele mágico e púdico "tempo" era perfeito!! "Eu namorei o teu avô durante 10 anos!!" - diz a velhota com orgulho. E parece que o meu avô teve que aturar uns 10 longos anos a olhar para cima, para a varanda onde estaria a sua amada.... .... ....na companhia de sua tia! Se saíam para um passeio lá ía o emplastro zangão com olhar de desaprovação empunhando uma flexível e ameaçadora vara de marmeleiro, sempre a postos a entrar em acção ao mais ínfimo sinal de "pouca-vergonha". Pouca-vergonha (segundo a idosa) é o que se vê nos dias de hoje: "andam a lamber a boca uns dos outros e a fazerem n'o sexo mesmo sem estarem casados" (ai oz marotozz...hihihihihi)!
Quanto à saúde, hoje há químicos para tudo! "Dantes as coisas eram boas e naturais! Quando se tinha "Almorródias" (hemorróidas) esfregava-se toucinho rançoso e passava" ou "Para curar frieiras era mijar para as mãos e cobrir rapidamente com uma toalha". Que cativante não é?
É caso para escrever "O meu tempo dava um filme" ;)

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