Minh'alma é a Princesa Desalento,
Como um Poeta lhe chamou, um dia.
É magoada, e pálida, e sombria,
Como soluços trágicos do vento!
É fágil como o sonho dum momento;
Soturna como preces de agonia,
Vive do riso duma boca fria:
Minh'alma é a Princesa Desalento...
Altas horas da noite ela vagueia...
E ao luar suavíssimo, que anseia,
Põe-se a falar de tanta coisa morta!
O luar ouve minhalma, ajoelhado,
E vai traçar, fantástico e gelado,
A sombra duma cruz à tua porta...
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,A essa hora dos mágicos cansaços,Quando a noite de manso se avizinha,E me prendesses todo nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinhaA tua boca... o eco dos teus passos...O teu riso de fonte... os teus abraços...Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,Traça as linhas dulcíssimas dum beijoE é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...Quando os olhos se me cerram de desejo...E os meus braços se estendem para ti...Florbela EspancaI Bereth, nîn Mor Heryn... Im meleth le


3 comentários:
olha a Dama de preto :)
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Dia dhuit
Eu sou aquela de quem tu tens saudade, a Princesa do conto "Era uma vez..."
Taim i'ngra leat
Tao Bonitoo =)
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